sábado, 25 de outubro de 2008

'Allo 'Allo! Listen very carefully, I shall say this only once...



‘Allo ‘Allo! é uma deliciosa sitcom britânica dos anos 80 que foi transmitida em 50 países, inclusive em Portugal, e que conta a história de René Artois, o dono de um café francês, durante a II Guerra Mundial.
O sotaque das personagens, os casos do René com as empregadas Maria e Yvette, o seu envolvimento forçado com a Résistance, as visitas secretas da Michelle, a cantoria desafinada da Edith, a imagem muito pouco convencional dos oficiais alemães, os encontros amorosos de Otto Flick com a Helga a quem diz “You may kiss me” sempre que quer que ela o beije, a Madame Fanny (a velhota meio tarada, mãe da Edith), a figura caricata e muito pouco heróica dos pilotos ingleses escondidos no sótão do café, o Monsieur Alphonse (o eterno apaixonado da Edith), o Leclerc que volta e meia se enfia na cama com a Madame Fanny, tudo na série estava pensado para criar episódios cómicos que desdramatizavam os filmes feitos até então sobre a guerra.
Confesso que sou uma fã absoluta da série (que tenho inclusive em DVD) e o que mais me agrada é o sotaque das personagens (representativo de 4 línguas diferentes - francês, inglês, italiano e alemão), a desconstrução da imagem implacável e séria dos vários intervenientes na guerra, sem mostrar grandes partidarismos, a alusão ao lado mais grotesco de qualquer guerra que se manifesta no roubo ou destruição do espólio cultural do país ocupado (lembram-se da famosa pintura The Fallen Madonna (with the big boobies) de van Klomp?), a sátira feita aos ideais nazis que condenavam, entre outras coisas, a homossexualidade (ironicamente, na série, o Tenente Gruber tem um comportamento efeminado e anda atrás do René e há uma cena do Otto Flick em que ele usa lingerie feminina; essa cena está neste clip do Youtube). Além de tudo isto, gosto do espírito terra a terra dos autores da série que conseguem recriar, neste ambiente de guerra, a rotina diária de um casal, com emoções e vivências universais, amores e desamores, e na qual nos conseguimos rever de alguma forma.

Da série, retenho duas expressões que gosto de usar e que, para meu espanto, nem sempre a geração mais nova reconhece:
It is I, Leclerc
Listen very carefully, I shall say this only once


Para quem via a série, como eu, aqui fica a lista das personagens mais importantes e dos actores que as interpretavam:

Personagem - Actor
Mimi Labonq (séries 4-9) - Sue Hodge
Michelle "of the Resistance" Dubois - Kirsten Cooke
Monsieur Roger LeClerc (séries 1-5) - Jack Haig
Monsieur Ernest LeClerc (séries 6-9) -Derek Royle (séries 6) Robin Parkinson (séries 7-9)
Monsieur Alphonse - Kenneth Connor
General Erich Von Klinkerhoffen - Roger Michael Hilary Minster
Coronel Von Strohm - Richard Marner
Tenente Hubert Gruber - Guy Siner
Capitão Hans Geering (séries 1-4) - Sam Kelly
Capitão Alberto Bertorelli (séries 4-7) - Gavin Richards (séries 4-6) Roger Kitter (série 7)
Soldado Helga Geerhart - Kim Hartman
Herr Otto Flick -Richard Gibson (séries 1-8) David Janson (série 9)
Herr Engelbert Von Smallhausen (séries 2-9) -John Louis Mansi
Policia (Capitão) Crabtree (séries 2-9) - Arthur Bostrom
RAF Tenentes Fairfax e Carstairs (séries 1-7) - John D. Collins e Nicholas Frankau

sexta-feira, 24 de outubro de 2008

Para ti...



Para ti, que me ouves, aturas e acarinhas, que brincas com as minhas fraquezas e valorizas as minhas qualidades, que tens sensibilidade para me dizer as palavras certas, por vezes críticas e duras de ouvir, por vezes doces e reconfortantes; para ti, que despertas um sorriso ou uma gargalhada e ainda elogias esse sorriso, dando azo a um novo sorriso; para ti, que desculpas o meu mau feitio e mostras o quanto me conheces, dizendo-me que é necessidade de afecto; para ti, que me aceitas como sou, brincas comigo e inspiras os meus posts; para ti, que esperas paciente que eu ultrapasse mais um obstáculo e não me atropelas; para ti, que aceitas a minha humanidade, a minha veia trágica, a minha pieguice rezingona e tens a generosidade de esquecer o meu mau humor, porque me vês além disso e além de mim. Para ti, que me escreves, telefonas, visitas ou acarinhas à distância.

Para ti, amigo, amiga, que te manténs de pedra e cal na minha vida.

Para ti, hoje, o melhor de mim...chuak!

segunda-feira, 13 de outubro de 2008

A insustentável leveza do ser, Milan Kundera


"Tomas pensava consigo próprio que ir para a cama com uma mulher e dormir com ela são duas paixões não só diferentes como quase contraditórias. O amor não se manifesta através do desejo de fazer amor (desejo que se aplica a um número incontável de mulheres), mas através do desejo de partilhar o sono (desejo que só se sente por uma única mulher)."

Em 1995, li A insustentável leveza do ser de Milan Kundera e lembro-me de, na altura, ter sentido que algumas passagens do livro podiam ter sido escritas por mim de tanto que me identificava com o conteúdo dessas passagens. Chéché como eu ando, obviamente que não me lembrava de mais nada, nem da história, nem das personagens, apenas dessa impressão que o livro me deixou. Foi o único livro, até hoje, onde deixei apontamentos a lápis e sublinhei partes do texto, pois confesso que trato os livros como algo sagrado e os rabiscos para mim equivalem a profanação...Manias, o que hei de fazer?!
Hoje, fui buscar o livro à estante e espreitei as minhas notas...deixo aqui uma das passagens que, na sabedoria dos meus 23 anos, me pareceu importante sublinhar...ehehe...

quarta-feira, 8 de outubro de 2008

Foi feitiço - André Sardet



Descobri André Sardet há cerca de dez anos e confesso que me apaixonei imediatamente pelo calor da sua voz.
Foi feitiço é, como diz a Rita, "a nossa música". Quando ela era bebé, eu embalava-a nos meus braços e cantava-lhe esta música ao ouvido. À medida que foi crescendo, aprendeu também a letra e hoje em dia, quando esta música passa na rádio ou noutro sítio qualquer, eu sei automaticamente que ela já está com um sorriso de orelha a orelha, à espera que eu me vire para ela e lhe devolva o sorriso e o olhar cúmplice.
Para mim, é uma das mais belas canções de amor alguma vez escritas...

domingo, 5 de outubro de 2008

I have a dream...ABBA



No outro dia, recebi um sms a dizer "Estou no cinema a pensar em ti..." e ontem ouvi esta música num casamento...
Não ouvia ABBA há anos e confesso que senti borboletas com esta melodia e esta letra, por isso vou-me render às evidências e lá vou eu ver o filme Mamma mia, tal como me sugeriram!
I believe in angels...something good in everything I see

sexta-feira, 3 de outubro de 2008

Parabéns, papá! Ass: Sylvie



Estou a rir desde que comecei a escrever este post.
No outro dia, o Fred disse que eu era uma versão da Linda de Suza ao contrário...
A verdade é que a minha infância e sobretudo as minhas viagens de carro até Portugal (à boa maneira do emigrante) incluíam obrigatoriamente o repertório da Linda de Suza...não fosse o meu pai um fã absoluto dessa senhora. Ainda hoje me lembro de algumas letras e desta em especial...
Agora, imaginem-me a mim e à minha irmã, com 8 ou 9 anos, a cantar esta música a plenos pulmões dentro do carro...isto, para orgulho do papá...não é lindo???
Parabéns ao meu paizinho, logo hei de lhe pergunar se ainda gosta destas músicas e hei de me lembrar que gostos não se discutem...hehehe