sábado, 25 de outubro de 2008

'Allo 'Allo! Listen very carefully, I shall say this only once...



‘Allo ‘Allo! é uma deliciosa sitcom britânica dos anos 80 que foi transmitida em 50 países, inclusive em Portugal, e que conta a história de René Artois, o dono de um café francês, durante a II Guerra Mundial.
O sotaque das personagens, os casos do René com as empregadas Maria e Yvette, o seu envolvimento forçado com a Résistance, as visitas secretas da Michelle, a cantoria desafinada da Edith, a imagem muito pouco convencional dos oficiais alemães, os encontros amorosos de Otto Flick com a Helga a quem diz “You may kiss me” sempre que quer que ela o beije, a Madame Fanny (a velhota meio tarada, mãe da Edith), a figura caricata e muito pouco heróica dos pilotos ingleses escondidos no sótão do café, o Monsieur Alphonse (o eterno apaixonado da Edith), o Leclerc que volta e meia se enfia na cama com a Madame Fanny, tudo na série estava pensado para criar episódios cómicos que desdramatizavam os filmes feitos até então sobre a guerra.
Confesso que sou uma fã absoluta da série (que tenho inclusive em DVD) e o que mais me agrada é o sotaque das personagens (representativo de 4 línguas diferentes - francês, inglês, italiano e alemão), a desconstrução da imagem implacável e séria dos vários intervenientes na guerra, sem mostrar grandes partidarismos, a alusão ao lado mais grotesco de qualquer guerra que se manifesta no roubo ou destruição do espólio cultural do país ocupado (lembram-se da famosa pintura The Fallen Madonna (with the big boobies) de van Klomp?), a sátira feita aos ideais nazis que condenavam, entre outras coisas, a homossexualidade (ironicamente, na série, o Tenente Gruber tem um comportamento efeminado e anda atrás do René e há uma cena do Otto Flick em que ele usa lingerie feminina; essa cena está neste clip do Youtube). Além de tudo isto, gosto do espírito terra a terra dos autores da série que conseguem recriar, neste ambiente de guerra, a rotina diária de um casal, com emoções e vivências universais, amores e desamores, e na qual nos conseguimos rever de alguma forma.

Da série, retenho duas expressões que gosto de usar e que, para meu espanto, nem sempre a geração mais nova reconhece:
It is I, Leclerc
Listen very carefully, I shall say this only once


Para quem via a série, como eu, aqui fica a lista das personagens mais importantes e dos actores que as interpretavam:

Personagem - Actor
Mimi Labonq (séries 4-9) - Sue Hodge
Michelle "of the Resistance" Dubois - Kirsten Cooke
Monsieur Roger LeClerc (séries 1-5) - Jack Haig
Monsieur Ernest LeClerc (séries 6-9) -Derek Royle (séries 6) Robin Parkinson (séries 7-9)
Monsieur Alphonse - Kenneth Connor
General Erich Von Klinkerhoffen - Roger Michael Hilary Minster
Coronel Von Strohm - Richard Marner
Tenente Hubert Gruber - Guy Siner
Capitão Hans Geering (séries 1-4) - Sam Kelly
Capitão Alberto Bertorelli (séries 4-7) - Gavin Richards (séries 4-6) Roger Kitter (série 7)
Soldado Helga Geerhart - Kim Hartman
Herr Otto Flick -Richard Gibson (séries 1-8) David Janson (série 9)
Herr Engelbert Von Smallhausen (séries 2-9) -John Louis Mansi
Policia (Capitão) Crabtree (séries 2-9) - Arthur Bostrom
RAF Tenentes Fairfax e Carstairs (séries 1-7) - John D. Collins e Nicholas Frankau

sexta-feira, 24 de outubro de 2008

Para ti...



Para ti, que me ouves, aturas e acarinhas, que brincas com as minhas fraquezas e valorizas as minhas qualidades, que tens sensibilidade para me dizer as palavras certas, por vezes críticas e duras de ouvir, por vezes doces e reconfortantes; para ti, que despertas um sorriso ou uma gargalhada e ainda elogias esse sorriso, dando azo a um novo sorriso; para ti, que desculpas o meu mau feitio e mostras o quanto me conheces, dizendo-me que é necessidade de afecto; para ti, que me aceitas como sou, brincas comigo e inspiras os meus posts; para ti, que esperas paciente que eu ultrapasse mais um obstáculo e não me atropelas; para ti, que aceitas a minha humanidade, a minha veia trágica, a minha pieguice rezingona e tens a generosidade de esquecer o meu mau humor, porque me vês além disso e além de mim. Para ti, que me escreves, telefonas, visitas ou acarinhas à distância.

Para ti, amigo, amiga, que te manténs de pedra e cal na minha vida.

Para ti, hoje, o melhor de mim...chuak!

segunda-feira, 13 de outubro de 2008

A insustentável leveza do ser, Milan Kundera


"Tomas pensava consigo próprio que ir para a cama com uma mulher e dormir com ela são duas paixões não só diferentes como quase contraditórias. O amor não se manifesta através do desejo de fazer amor (desejo que se aplica a um número incontável de mulheres), mas através do desejo de partilhar o sono (desejo que só se sente por uma única mulher)."

Em 1995, li A insustentável leveza do ser de Milan Kundera e lembro-me de, na altura, ter sentido que algumas passagens do livro podiam ter sido escritas por mim de tanto que me identificava com o conteúdo dessas passagens. Chéché como eu ando, obviamente que não me lembrava de mais nada, nem da história, nem das personagens, apenas dessa impressão que o livro me deixou. Foi o único livro, até hoje, onde deixei apontamentos a lápis e sublinhei partes do texto, pois confesso que trato os livros como algo sagrado e os rabiscos para mim equivalem a profanação...Manias, o que hei de fazer?!
Hoje, fui buscar o livro à estante e espreitei as minhas notas...deixo aqui uma das passagens que, na sabedoria dos meus 23 anos, me pareceu importante sublinhar...ehehe...

quarta-feira, 8 de outubro de 2008

Foi feitiço - André Sardet



Descobri André Sardet há cerca de dez anos e confesso que me apaixonei imediatamente pelo calor da sua voz.
Foi feitiço é, como diz a Rita, "a nossa música". Quando ela era bebé, eu embalava-a nos meus braços e cantava-lhe esta música ao ouvido. À medida que foi crescendo, aprendeu também a letra e hoje em dia, quando esta música passa na rádio ou noutro sítio qualquer, eu sei automaticamente que ela já está com um sorriso de orelha a orelha, à espera que eu me vire para ela e lhe devolva o sorriso e o olhar cúmplice.
Para mim, é uma das mais belas canções de amor alguma vez escritas...

domingo, 5 de outubro de 2008

I have a dream...ABBA



No outro dia, recebi um sms a dizer "Estou no cinema a pensar em ti..." e ontem ouvi esta música num casamento...
Não ouvia ABBA há anos e confesso que senti borboletas com esta melodia e esta letra, por isso vou-me render às evidências e lá vou eu ver o filme Mamma mia, tal como me sugeriram!
I believe in angels...something good in everything I see

sexta-feira, 3 de outubro de 2008

Parabéns, papá! Ass: Sylvie



Estou a rir desde que comecei a escrever este post.
No outro dia, o Fred disse que eu era uma versão da Linda de Suza ao contrário...
A verdade é que a minha infância e sobretudo as minhas viagens de carro até Portugal (à boa maneira do emigrante) incluíam obrigatoriamente o repertório da Linda de Suza...não fosse o meu pai um fã absoluto dessa senhora. Ainda hoje me lembro de algumas letras e desta em especial...
Agora, imaginem-me a mim e à minha irmã, com 8 ou 9 anos, a cantar esta música a plenos pulmões dentro do carro...isto, para orgulho do papá...não é lindo???
Parabéns ao meu paizinho, logo hei de lhe pergunar se ainda gosta destas músicas e hei de me lembrar que gostos não se discutem...hehehe

domingo, 28 de setembro de 2008

Parabéns, papá! Ass: Rita



Parabéns preguinhas, em dia de prendas que tanto adoras receber, agradeço-te o melhor presente que recebi até hoje: a nossa filhota.
E dedico-te a mesma estrofe que te dediquei há 10 anos: "Vou aqui andando, caminhando pela vida…quero te encontrar sonhando, sempre em cada esquina".
E que venham outros tantos ;-)

sexta-feira, 26 de setembro de 2008

Une petite semaine à Paris...


Há quem vá a Nova Iorque às compras, nós fomos a Paris a um casamento


Eurodisney...a pequena insistiu mal entrou que queria umas orelhas da Minnie, embora passasse depois o dia a dizer que o nome dela não era Rita, mas sim "Sininho"...

A família inteira andou a cavalo...num carrossel!

Labirinto de "Alice no país das maravilhas"



Teve medo do Pluto, mas adorou o Stich...


Metidos numa jaula, no comboio do circo...hiha!


Ao fim de 3 dias, já dizia que queria uma "baguette".. Em Roma, faz como os romanos...

Butte de Montmartre...Sacré Coeur. Um pequeno paraíso que quis partilhar com a Rita

A pose de quem queria dizer "Ó mamã, outra fotografia?"

Place du Tertre, pertinho do Sacré Coeur

Dois gulosos por baixo da famosa Tour Eiffel

Au bord de la Seine...

"Se sorrires para a fotografia, a seguir andas no carrossel"... a isto se chama "trabalhar por objectivos", lol

Às cavalitas do avô, quando os pais já clamavam misericórdia...

Algodão doce e crepes...prazeres a que não resisti VÁRIAS VEZES durante a semana :-)

E pronto, assim se passaram os dias na famosa cidade luz. Foi muito bom estar com primos e tios que adoro e dar a conhecer à Rita alguns dos locais e costumes mais emblemáticos da minha infância. O tempo esteve sempre espectacular, embora bastante mais fresco do que em Lisboa.
Divertimo-nos muito na Eurodisney (o preço é exorbitante, mas num dia de semana, acaba por compensar, pois não há tanta afluência, nem longas filas de espera), passeámos por Paris e comemos muitas baguettes, crepes, pains au chocolat, barbe à papa (algodão doce), pipocas e muitas outras coisas...saudáveis (comidinha feita pela madrinha) e algumas tipicamente francesas (um casamento com uma ementa 100% francesa...). Fomos ainda jantar com a família a um restaurante japonês (abençoadas brochettes (espetadas), sem elas teria passado fome, pois sou mesmo muito esquisita :-P...). Mas confesso que antes de regressar, tive o cuidado de ir a um supermercado e abastecer-me de bolachas e guloseimas que não encontro em Portugal e que fazem parte da minha infância. Um ser humano sem vícios não é humano....non é vero?
E pronto, cá estou de volta...não muito revigorada (na verdade, estou derreada...), mas pronta para mais uns meses de trabalho até um novo período de descanso.
Não trouxe lembranças para todos, mas tenho muitos abraços para dar ;-)
Vous m'avez tous manqué, na segunda-feira já "osculo" quem desejar ser osculado :-))
Sandra S., deves estar ansiosa para que passe o fim-de-semana... hehehe

terça-feira, 16 de setembro de 2008

Bad case of loving you - Robert Palmer



Esta música está no topo das minhas músicas favoritas de todos os tempos. Basta ouvir a batida inicial da bateria que o meu corpo ganha vida própria e começo a dançar...é inevitável! E acreditem que este 1,56m ainda está pronto para as curvas ;-) Conseguiria passar uma noite inteira a dançar...não fosse essa outra das minhas paixões (claro que evitarão perguntar-me na manhã seguinte como estão os meus pés e as minhas pernas... já dizia o outro "Quando a cabeça não tem juízo..." lol)
Aliás, esta música lembra-me as festas académicas, os momentos de diversão, e faz parte obrigatória das ocasiões festivas ou comemorações importantes em que eu possa dar um pé de dança com os amigos.
SIMPLESMENTE, ADORO!!!

sexta-feira, 12 de setembro de 2008

Como vai você...Daniela Mercury



Depois de uma artista a brincar, uma artista a sério...
Em português...mas com sotaque com sabor a mel.

Como vão vocês?

quinta-feira, 11 de setembro de 2008

Ken Lee...Obrigatório sorrir!



Mais do que uma anedota, um mail lúdico ou coisas afins, este vídeo consegue sempre fazer-me sorrir, por isso, decidi partilhá-lo com quem não tenha ainda visto esta preciosidade no Youtube.

Poucos de vós saberão (dêem graças por isso) que, em tempos, também me prestei a estas figurinhas …e a verdade é que o resultado não foi muito melhor (lol).
Esse vídeo, testemunha de um passado algo vergonhoso, está religiosamente guardado e foi mostrado a um número limitado de pessoas que juraram nunca relevar o seu conteúdo, sob pena de pagarem com a própria vida!
Sim, não esperem vir a encontrá-lo um dia no Youtube!!!

domingo, 7 de setembro de 2008

Viagem

O Sacré Coeur em Montmartre, o meu local de eleição em Paris
Viagem

Aparelhei o barco da ilusão
E reforcei a fé de marinheiro.
Era longe o meu sonho, e traiçoeiro
O mar...
(Só nos é concedida
Esta vida
Que temos;
E é nela que é preciso
Procurar
O velho paraíso
Que perdemos).
Prestes, larguei a vela
E disse adeus ao cais, à paz tolhida.
Desmedida,
A revôlta imensidão
Transforma dia a dia a embarcação
Numa errante e alada sepultura...
Mas corto as ondas sem desanimar.
Em qualquer aventura,
O que importa é partir, não é chegar.

António Gedeão (pra variar ;-))

Todos nós partimos de vez em quando, eu própria tenho estado ausente há algum tempo, mas como não importa chegar, ando a apreciar a viagem e ainda não escolhi porto onde atracar. A verdade é que nem todos os portos me parecem acolhedores, por isso, vou cortando as ondas sem desanimar... :-)

Mas nem só de viagens virtuais vive o homem (neste caso, mulher, hehe), por isso, daqui a uns dias, vou realizar uma das minhas paixões, VIAJAR, e ainda que não seja para um destino mais apetecível e desconhecido, parto dia 19 para a cidade luz. De facto, não há nada (ou quase nada ;-)) que me dê mais prazer do que planear uma viagem...um bilhete de avião, então, é quase sinónimo de nirvana, lol.

Mais uns dias também e o Fred vem visitar-nos...coincidência do destino ou não...mesmo a tempo do meu regresso ;-) Fred, já estou ansiosa por receber aquele abracinho com tulipas e panquecas cheias de açúcar de que falaste há uns tempos. Deve ser uma experiência única ;-)

quarta-feira, 3 de setembro de 2008

"Männer sind Schweine" cantado por homens...quem sou eu para contrariar?!




Pode ser uma música MUITO sexista, mas faz parte das músicas da minha vida, uma vez que é das poucas músicas alemãs que conheço e lembra-me o meu tempo de estudante Erasmus em Heidelberg.
Como estou farta de traduções de alemão (estou a traduzir um manual de instruções de alemão...uma coisa horrorosa...), deixo apenas aqui a primeira estrofe em português...

Título da música: "Os homens são uns porcos" (começa bem, hehe)

Olá, meu tesouro, eu amo-te
És única para mim
As outras, eu acho-as todas umas tolas
Por isso faço-te a corte
És tão diferente, tão especial
Isso é algo que noto logo em ti
Agora despe-te e deita-te
Já que estou tão apaixonado por ti (...)

Refrão:
Os homens são uns porcos
Não confies neles, minha menina
Eles só querem uma coisa...
Porque os homens são assim mesmo

Em português, a letra não tem muita piada...mas acreditem em mim, em alemão, é um MUST ;-)

terça-feira, 2 de setembro de 2008

E a vencedora é.....a Sofia!


Há gente com sorte...não me visita durante 2 semanas e depois, chega e arrecada o prémio que outros andavam a cobiçar....mas como é uma das minhas melhores amigas, eu perdoo-lhe este abandono temporário :-)
Parabéns, Sofia! Agora, só nos falta acertar a data, hora e local...mas já sabes, tudo menos japonês ou coisas afins que eu sou MUITO esquisita...
Aproveita para ir pensando num programa pós jantar... ;-)

domingo, 31 de agosto de 2008

Orgulho da mamã

















No sábado,chego à sala e vejo o ar triste dela, a olhar para a televisão:
- O que foi Titocas?
- Tou "tiste"
- Então porquê fofinha?
- Tou tiste porque o "píncipe" cresceu...
- Não faz mal, fofinha, tu também estás a crescer, é uma coisa boa....
- Pois, mas agora o fato azul já não lhe serve...eu não gosto do vermelho..

2 motivos para me ter sentido a mãe mais orgulhosa do mundo:

1º - Com apenas 3 anos, a minha filhota já sabe que os príncipes só são príncipes por um curto espaço de tempo....mais cedo ou mais tarde viram sapos, hehehe.

2º - a minha menina só gostou do príncipe enquanto vestiu a camisola azul....vermelho, só ao longe!!!
Deve ser o lado portista a falar mais alto...Neste caso, parabéns a mim que já estou a colher os frutos duma educação cuidada....

Para ti Nuno e para o André...


Venho da terra assombrada,
do ventre de minha mãe;
não pretendo roubar nada
nem fazer mal a ninguém.

Só quero o que me é devido
por me trazerem aqui,
que eu nem sequer fui ouvido
no acto de que nasci.

Trago boca para comer
e olhos para desejar.
Com licença, quero passar,
tenho pressa de viver.
Com licença! Com licença!
Que a vida é água a correr.
Venho do fundo do tempo;
não tenho tempo a perder.

Minha barca aparelhada
solta o pano rumo ao norte;
meu desejo é passaporte
para a fronteira fechada.
Não há ventos que não prestem
nem marés que não convenham,
nem forças que me molestem,
correntes que me detenham.

Quero eu e a Natureza,
que a Natureza sou eu,
e as forças da Natureza
nunca ninguém as venceu.

Com licença! Com licença!
Que a barca se fez ao mar.
Não há poder que me vença.
Mesmo morto hei-de passar.
Com licença! Com licença!
Com rumo à estrela polar.

António Gedeão in Teatro do Mundo





sábado, 30 de agosto de 2008

Parabéns, mana...continuação


29 de Agosto de 2008


Cá estão as duas manas em plena ocasião festiva...concordo que as favolas são parecidas, mas de gémeas, diria que temos muito pouco...hehehe.

sexta-feira, 29 de agosto de 2008

Parabéns, mana!



Hoje, este post é inteiramente dedicado à minha mana…Cilita, pois faz anos!
Ao longo da nossa vida, há quem tenha pensado que éramos gémeas, mas numa coisa sempre foram unânimes, dizem que o nosso sorriso é igual, talvez por causa destas lindas favolas com que a natureza nos agraciou :-)
Como mana mais nova que sou, sempre lhe fiz a vida um pouco negra; a minha mãe conta que em bebé, eu gatinhava para lhe ir morder…aproveito para pedir publicamente desculpas por isso e por muitas outras maldades que lhe fiz…Mas acredito que já na altura, eram mordiscadelas de amor... ;-)
A minha mana…é um ser singelo, puro, forte, uma super mãe e deu-me uma grande lição de vida há uns anos, ao mostrar-me que tem uma garra e força de viver que a fazem ultrapassar todos os obstáculos e ainda oferecer um sorriso a quem se cruza com ela...
Agora, neste novo ano de vida, desejo que se dê a mostrar a mais gente, que conheça mais pessoas e que a vida lhe sorria e a presenteie com muitas coisas boas…
Parabéns mana!
J’ai choisi cette chanson, une de tes préférées pour que tu puisses écouter tout un stade crier "Que je t’aime". C’est probablement le nombre de personnes qui t'aiment dejà ou qui n'attendent que de te connaître pour t’aimer. Je t'aime, je t'adore …soeur ainée...
Merci pour tout…pour tout ce qu’on ne dit pas, tout ce qui n’a pas besoin d’être dit.
Joyeux anniversaire!

Logo, dou-te um chocho!

quarta-feira, 27 de agosto de 2008

Quem quer jantar comigo? :-)



Convido o visitante nº 2000 a jantar comigo...
Posto isto, quem me dará o prazer da sua companhia? :-)
Por razões meramente logísticas, espero que não seja ninguém de além-mar... ;-)
Ora bem....para evitar falsos premiados (já há quem esteja a festejar antecipadamente :-)), agradecia que o visitante 2000 me enviasse um mail com o printscreen a comprovar o número da sua visita...nada de batota, amiguinhos!

domingo, 24 de agosto de 2008

Empatia e porque não...Telepatia



Lara Li, Telepatia

Telepatia, silêncio, calma
Feitiçaria da tua alma
Passo a passo, sem ter medo
Abrimos, soltámos o nosso segredo

E a sorrir devorámos o mundo
Num abraço tão profundo

Telepatia, sem contratempo
Deixei-te um dia, num desalento
E eu sonhava, existia
P'ra sempre, p'ra sempre foi pura poesia

Sem pensar não vi que passavas
Pelo meu corpo não ficavas

E a sorrir devorámos o mundo
Num abraço tão profundo

Telepatia, silêncio, calma
Feitiçaria da tua alma
Telepatia Telepatia....

A Liliane pediu para falar de empatia e eu lembrei-me de outra palavra e consequentemente de uma música belíssima da Lara Li: Telepatia
Ando numa fase nostálgica, pode-se dizer… provavelmente porque os meus amigos estão ou estiveram de férias e deixaram em mim a saudade e a vontade de os rever e de lhes dar aquele abraço que estou sempre a oferecer-lhes…um abraço de 1,40 m :) (esta é a medida do meu corpo na vulga posição do Cristo Rei…não me perguntem como sei isto, :-))…
Empatia, telepatia, mais duas palavras mágicas de eleição no vocabulário desta amante das palavras, duas conjugações de letras que me fazem sorrir e que representam grandes amizades ou a promessa de novas belas amizades.
Considero-me de facto uma criatura abençoada porque tenho amigos extraordinários, seres humanos fantásticos que sempre estiveram presentes nos bons momentos e também nos maus momentos da minha vida (esses em menor quantidade, felizmente…).
Com eles, partilho gargalhadas, lágrimas, confidências, olhares cúmplices que dispensam qualquer palavra e que criam de facto a ilusão que estamos em perfeita sintonia…
Porque há amigos assim…ou pessoas especiais assim que cruzam a nossa vida e nas quais nos revemos, na sua forma de estar, nos seus pensamentos ou simplesmente na honestidade do seu sorriso, e que acabam por caminhar ao nosso lado, aconchegando cada cantinho do nosso ser a cada passo que damos.
E o melhor de tudo é que as possibilidades são infindáveis. Em 6 mil milhões de habitantes na terra, independentemente da cor, raça, credo ou sexo, existe sempre mais alguém que irá tocar na nossa vida e fazer magia…
Daí talvez eu gostar tanto de viajar e ter adoptado esta máxima no meu perfil: o mundo é meu e a ele pertenço…

terça-feira, 19 de agosto de 2008

Pedra filosofal de António Gedeão



Eles não sabem que o sonho
é uma constante da vida
tão concreta e definida
como outra coisa qualquer,
como esta pedra cinzenta
em que me sento e descanso,
como este ribeiro manso
em serenos sobressaltos,
como estes pinheiros altos
que em verde e oiro se agitam,
como estas aves que gritam
em bebedeiras de azul.
Eles não sabem que o sonho
é vinho, é espuma, é fermento,
bichinho álacre e sedento,
de focinho pontiagudo,
que fossa através de tudo
num perpétuo movimento.
Eles não sabem que o sonho
é tela, é cor, é pincel,
base, fuste, capitel,
arco em ogiva, vitral,
pináculo de catedral,
contraponto, sinfonia,
máscara grega, magia,
que é retorta de alquimista,
mapa do mundo distante,
rosa-dos-ventos, Infante,
caravela quinhentista,
que é Cabo da Boa Esperança,
ouro, canela, marfim,
florete de espadachim,
bastidor, passo de dança,
Colombina e Arlequim,
passarola voadora,
pára-raios, locomotiva,
barco de proa festiva,
alto-forno, geradora,
cisão do átomo, radar,
ultra-som, televisão,
desembarque em foguetão
na superfície lunar.

Eles não sabem, nem sonham,
que o sonho comanda a vida.
Que sempre que um homem sonha
o mundo pula e avança
como bola colorida
entre as mãos de uma criança.

António Gedeão

Esta música estava há muito tempo esquecida na minha memória e hoje, assim do nada, invadiu os meus pensamentos e comecei a cantar este poema que adoro.
Na verdade, até foi arrepiante porque à medida que recitava o poema, parecia que havia uma pequenina voz dentro de mim a cutucar-me, a provocar-me e a pedir-me satisfações por andar tão esquecida de sonhar.

A essa pequenina voz, eu respondo: sonho, sim...mas sonho baixinho, talvez assim não doa tanto se o sonho não se realizar...

Sonhem comigo porque como diz o poeta "o sonho comanda a vida" e esta parte acrescento eu:
o sonho dá alento, mas bom mesmo é partilhá-lo com alguém para que se transforme em algo mais do que um mero devaneio solitário. É que mesmo depois de realizado, o prazer que traz é totalmente diferente...

Alguém se atreve a sonhar comigo? :-)

domingo, 10 de agosto de 2008

Sarah McLachlan - Angel (tema do filme "Cidade dos anjos")



Forte, bonito... não necessariamente romântico, embora esteja associado a um filme que se enquadra nessa categoria e que é um dos meus filmes favoritos.
Para quem conhece "A cidade dos anjos" e quer apreciar o vídeo associado a este tema, recomendo o link http://www.youtube.com/watch?v=j42ApkIIdNc

terça-feira, 5 de agosto de 2008

Goodbye Yellow brick road, Elton John


Esta música é dedicada a todas as pessoas que, como eu, frequentavam as matinés do Dom Nuno em Ourém, no final de cada trimestre escolar, no período de 1985 a 1990.
Tenho muitas saudades dessa época, este tema lembra-me os meus devaneios românticos da adolescência, uma época em que eu estava definitivamente apaixonada pelo amor... :-)

Um beijinho muito grande aos meus coleguinhas da altura, muitos dos quais foram as primeiras amizades que fiz quando cheguei de França: Teresa, Papin, Bélica, Sandra Vieira, Caliço, Brás, Gil, Vítor, João Vieira, Carlos Miguel, Luís Miguel, Beta, Sandra Coelho, etc, etc...
Não vou mencionar todos os nomes, mas os rostos de todos estão gravados na minha memória e marcaram uma época muito importante da minha vida...
Alguns acompanharam o meu crescimento e a esses agradeço por trilharem um caminho que mais do que meu se tornou nosso...
Ficam as saudades, muitas saudades...

terça-feira, 29 de julho de 2008

Nada é para sempre?

Há pouco tempo, conversei com um grande amigo sobre esta máxima em que ele acredita.
Disse-lhe que me assustava esse tipo de pensamento e as pessoas que, como ele, acreditam nisso, pois na minha opinião, são pessoas que desinvestem. Perguntei inclusive se, acreditando nisso, ele não saía logo à partida derrotado de qualquer coisa a que se propusesse ou se não condenava ao fracasso quem quisesse investir nele…
E depois, passei a noite a pensar nas minhas palavras e reformulei o meu pensamento ao contrário.
E se o meu erro e o erro de muita gente fosse acreditar que existe um “para sempre”?
E se, na verdade, devêssemos todos partir do princípio contrário para continuarmos a alimentar os nossos sonhos e as nossas relações? De facto, até que ponto nos esforçamos e lutamos com garra pelo que nos faz feliz, se acreditamos que é para sempre? Não haverá nesse pensamento algum facilitismo que, por isso só, é também uma forma de desinvestimento? Afinal, para quê investir em algo que tomamos por certo? Como sequer apreciá-lo?
O que sei é que o “para sempre” em que acreditei não existe, e ao tentar perceber essa realidade e retirar algum auto-conhecimento dessa lição de vida, descobri graças a esse meu amigo que, afinal, talvez o único caminho para um "para sempre" seja acreditar que nada é para sempre…
E no entanto, como sonhadora e romântica que ainda sou, também acredito que andemos ofuscados e baralhados com falsos “para sempre”, mas que existe um "para sempre" que alguns de nós têm a felicidade de encontrar. Talvez o segredo seja construí-lo, dia após dia, sem pensar que ele existe. Talvez seja essa a forma de o fazer acontecer...
Talvez...

quinta-feira, 24 de julho de 2008

Férias

As minhas desculpas a quem ainda não está de férias e às amigas a quem esta foto poderá provocar um ataque de VGIs (lol), passei só para deixar um beijinho algarvio e um sorriso veraneante...
Estou com saudades....mas nada que o sol e um bom banho de piscina não resolva :-P

sábado, 19 de julho de 2008

Dia mundial do orgasmo???


Ele há dia para tudo, há o dia dos namorados, do pai, da mãe, dos avós, da mulher (dia que até considero ofensivo, pois revela algum paternalismo em relação à mulher, uma vez que nunca se ouviu falar em dia do homem...) e descobri muito recentemente que também existe o dia mundial do orgasmo: o dia 31 de Julho!
Eu poderia estar aqui a glorificar o dia de tão agradável sensação, mas não é isso que vou fazer. Sugiro antes que boicotem esta comemoração que dita que um prazer tão importante nas nossas vidas tenha agora também dia marcado. Já chega bem todas as desculpas que arranjamos diariamente para adiarmos esse prazer: cansaço, filhos, trabalho, solidão, etc. Por isso, façam-me o favor de terem muitos orgasmos antes, depois, as vezes que quiserem, mas não guardem para este dia algo que devia ser um direito comum e habitual de todos nós.
E nós, mulheres, que a dada altura da nossa vida, todas fingimos ter orgasmos pelas mais variadas razões, vamos deixar-nos de condescendência e esperar do sexo tudo o que um homem assume como direito adquirido e sempre alcança….as abençoadas contracções que nos levam ao nirvana….e se isso implica que os nossos parceiros se esforcem mais e suem durante mais uns minutos ou até horas...pois bem, esqueçam qualquer sentimento de culpa e pensem que não há criatura mais maravilhosa no mundo que mereça mais esse esforço do que nós, mulheres!
Quanto a vocês, homens, independentemente do tipo de companheira com quem privam: tímidas, púdicas, retraídas, acomodadas, desapaixonadas, ponham de lado as queixas habituais e tentem outra abordagem. Inovem, namorem, invistam e sobretudo, conversem com as vossas parceiras, conversem muito e mostrem paixão, porque se há algo que aprendi, por experiência própria, e nas minhas conversas com as minhas amigas (todas elas tão diferentes como as cores do arco-íris), é que o que nos dá realmente prazer, é um homem que vai à luta e nos aprecia diariamente, nunca nos fazendo sentir que somos parte da decoração, nem que pense tratar-se da melhor prata da casa! Se querem orgasmos físicos, dêem-nos também alguns orgasmos mentais!
Às mulheres que tendem a negligenciar esse aspecto da vida do casal, gostaria de dizer, com conhecimento de causa que, independentemente dos motivos que vos levaram a agir dessa forma, compete-vos reconquistar sexualmente o vosso parceiro. Não o tratem com maior deferência só por ser homem, nem partam do princípio egoísta que ele virá a correr para os vossos braços sempre que vos apetecer: arregacem as mangas e façam por seduzi-lo e reconquistá-lo…que um homem também merece que se acarinhe o seu corpo e a sua alma!
Não quero deixar de mencionar aquele(a)s que não têm parceiro(a), uma vez que o orgasmo é como sol... quando nasce é para toda a gente.... :-)
Afinal, ninguém como nós próprios para sabermos o que nos dá realmente prazer....mas sobre isso falaremos noutra altura :-)

E com isto, começo as minhas férias a desejar-vos muitos e longos orgasmos…

Beijos quentes…



quarta-feira, 16 de julho de 2008

Shhhhhhh


Não me apetece escrever...porque escrever seria dar de mim e hoje não me apetece dar-me…
Por isso, vou calar as palavras sorrateiras, matreiras que teimam em brotar dos meus lábios e vou trancá-las a sete chaves até ao momento em que me apeteça ser novamente mais vossa do que minha. É que isto de dar também cansa...

Contudo, se precisarem de mim, estou aqui…só que estou a cuidar de mim e a deixar-me embalar pelos miminhos dos que me amam e principalmente dos que sem antes me conhecerem, têm visitado o meu cantinho e têm manifestado apreço e interesse das mais variadas formas, mesmo sem deixar comentários…

Um beijo lindo, balofo de mimo (afinal, isto de "dar-me" está-me no sangue) aos amigos, conhecidos e desconhecidos que o meu blogue trouxe até mim...




sábado, 12 de julho de 2008

Sexo


Por sugestão de uma grande amiga a quem confidenciava hoje ter vontade de abordar o tema da sexualidade no meu blog, sem preconceitos, nem tabus, mas com o respeito, interesse e nível que o tema merece, decidi criar uma rubrica semanal com o mesmo nome…
Assim, todas as semanas, irei lançar uma questão ou abordar um aspecto sexual que me desperte alguma curiosidade e convido-vos a darem a vossa opinião sobre o tema, partilhando experiências, desejos e quiçá conselhos que contribuam para enriquecer a vivência e abertura de espírito de todos quantos lerem esta rubrica.
Por motivos óbvios e querendo preservar a privacidade dos participantes, sugiro que cada um escolha um pseudónimo secreto com o qual possa assinar os comentários…
Obviamente, quem quiser deixar a sua assinatura pessoal, é igualmente livre de o fazer.

Assim sendo, com a timidez inicial que um primeiro post sobre este tema desperta, limito-me a deixar hoje este poema de Fátima Irene Pinto:

Desejo

Meu corpo pede teu corpo
E pede com tanta avidez
Que só de pensar-me em teus braços
Estremeço, vibro, enlouqueço de vez...

Meu corpo pede teu corpo
E no simples toque de nossas mãos
Sinto arrepios, solto faíscas
Na exata medida da minha atração...

Meu corpo pede teu corpo
Meus lábios se abrem para os beijos teus
São toques, mordidas, suaves, vorazes
Teus lábios que sugam e devoram os meus...

Meu corpo pede teu corpo
Me aninho por inteira no teu peito
Me enrosco, me encosto, me aperto, me achego
Te quero, te puxo, te sinto, te estreito...

Meu corpo pede teu corpo
São agora carícias atrevidas, sem pudor
São mãos que exploram ensandecidas
Nossos corpos que se entregam por amor...

Meu corpo pede teu corpo
Olhos nos olhos, fixos, perplexos, comovidos
Reluzem, brilham, explodem, espelham
Expressam toda a fúria dos desejos reprimidos...

Meu corpo pede teu corpo
E então estamos na mesma louca sintonia
Pulsando, vibrando, gritando de prazer
Em movimentos cósmicos, na mais completa alegria...

Estás assim dentro de mim, estou em ti
Num leito imaginário, em algum ponto do infinito
E tão grande, tão intenso nosso amor
Que o universo conspira silencioso ante nossos gritos...


Afinal, sempre tenho algo a dizer... :-)

Após ter escolhido o poema, apercebi-me que, influenciada ou não pela minha veia romântica, a minha escolha recaíu sobre um poema que associa o desejo ao amor.
Contudo, e no decorrer de muitas conversas com amigos ao longo destes anos, cheguei à conclusão que a melhor experiência sexual lembrada pelas pessoas nem sempre foi vivida com a pessoa que amam ou amaram.
Assim sendo, qual a contribuição do amor para o prazer sexual? Podemos falar em prazer sentimental e prazer físico como dois tipos de prazer independentes? E, nesse caso, porque, na hora de escolher, se sobrepõe o prazer sentimental?
Seremos afinal todos nós românticos inveterados, inclusive as almas mais cínicas, que em vez de escolher o melhor parceiro como companheiro para uma vida inteira, escolhemos quem mais amamos?
E no entanto, impensável também seria ficarmos com um mau amante, por mais fantástico que seja como ser humano...
Afinal, amiguinhos, em que é que ficamos? Sexo ou amor?
Beijos quentes

quinta-feira, 10 de julho de 2008

"Românticos" por Pedro Mexia


Este post foi colocado pelo Pedro Mexia no seu blog Estado Civil em 17/06/08.
Obrigada Rui por me dares a conhecer este blog...tinhas razão, gosto muito.


"O «romantismo» tem uma estranha conotação «feminina». Talvez noutros tempos isso fizesse sentido, por causa do gigantesco universo das leitoras de romances. Hoje, numa grande cidade, as mulheres são gélidas. Acima de determinada «classe social», nenhuma mulher se aventura em arroubos sentimentais. Em compensação, conheço dúzias de homens perdidamente românticos, miseráveis, fungantes, tremendistas, encostados à parede com Yeats e bebidas espirituosas.


Fiquei reconfortado quando encontrei a mesma experiência (com sotaque irlandês) em Monster (2004), espectáculo ao vivo do impagável Dylan Moran (Black Books):


«Não quero fazer grandes generalizações sobre as mulheres. Não estou aqui para isso. Acho de mau gosto. Só digo isto: elas não têm sentimentos.


Porque na verdade os homens é que são românticos. Os homens é que dizem coisas como:"Conheci uma pessoa. Ela é fantástica. Se eu não fico com ela, estou fodido. Não aguento mais. A sério. Ela transformou completamente a minha vida. Tenho um emprego, uma casa; e tudo isso já não vale nada. Não aguento mais. Tenho que estar com ela. Porque senão acabo entrevado, alcoólico e com umas calças piolhosas. E nunca mais saio à rua".


Ora isto é o que as mulheres dizem sobre sapatos».


Logo agora que começava a perder a esperança...surge este post. Obrigada Pedro!
Números de telefone, não há??? :-)
A propósito, eu li esses romances, uma quantidade infindável deles...e acredito que ainda haja por aí muitas mulheres como eu...e nós somos tudo, menos gélidas...





domingo, 6 de julho de 2008

Mamã, sou uma princesa, não sou?


21/6/2008, festa do Bibinho Amarelo

Há de factos perguntas na nossa vida que são meramente de retórica...

sexta-feira, 4 de julho de 2008

"A minha próxima vida" de Woody Allen


Porque este blog estava a ficar muito "gaja" e dramático, aqui vai...

"Na minha próxima vida, quero vivê-la de trás para a frente. Começar morto para despachar logo esse assunto.
Depois, acordar num lar de idosos e sentir-me melhor a cada dia que passa.
Ser expulso porque estou demasiado saudável, ir receber a pensão e começar a trabalhar, receber logo um relógio de ouro no primeiro dia.
Trabalhar 40 anos até ser novo o suficiente para gozar a reforma.
Divertir-me, embebedar-me e ser de uma forma geral promíscuo, e depois estar pronto para o liceu.
Em seguida, a primária, fica-se criança e brinca-se. Não temos responsabilidades e ficamos um bébé até nascermos.
Por fim, passamos 9 meses a flutuar num spa de luxo com aquecimento central, serviço de quartos à descrição e um quarto maior de dia para dia e depois...Voilà! Acaba como um orgasmo!"

I rest my case.

Queriam, não queriam? Eu também!

A beleza de ser infeliz!


Hoje, um amigo disse-me "Gosto da tua faceta melodramática"
E eu respondi "Pois, se fosse algo escrito, acho que seria uma tragédia grega"

A infelicidade tem um fascínio próprio, é dinâmica, não se conforma e obriga-nos a sonhar com outros estados de alma. Tudo o que dá impulso à nossa vida deve ser acarinhado, por isso desejo que sejamos todos um pouco infelizes, de vez em quando, para apreciarmos verdadeiramente as coisas boas da nossa vida.

Beijos tristonhos para todos...e entenda-se por "tristonhos" beijos que NÃO SE CONFORMAM por estarem longe de mim...

segunda-feira, 30 de junho de 2008

Borboletas


Ultimamente tenho pensado muito no termo borboleta…
Designa um insecto provido de quatro grandes asas, de cores geralmente vivas, que sofre uma metamorfose; designa também um estilo de natação igualmente conhecido por mariposa, uma espécie de peixe, e outras coisas mais…
O que há de fascinante nas borboletas é a metamorfose por que passam. O seu ciclo de vida engloba a fase do ovo, larva, crisálida e imago, a borboleta adulta propriamente dita. Se eu fosse uma borboleta, não sei em que fase da minha vida estaria. O mais provável seria situar-me entre duas fases, pois já não me reconheço no que era, e também não sei o que sou. Sou assim, pronto, um ser suspenso na vida que me carrega…Sei que sou mulher, mãe, filha, irmã, e mais alguém, alguém cujos traços reconheço vagamente como se de um velho amigo se tratasse; perdi-me algures no caminho, entretida que estava em ser todas essas outras versões de mim.
Sonho em ser resgatada, mas sei que é apenas um sonho, pois aqui estou eu, sozinha, à procura de mim. Estou cansada, queria deitar-me num colo, e assim ficar até alguém sussurrar ao meu ouvido: encontrei-te…e que bom foi reencontrar-te...
Queria poder descansar, deixar que outra pessoa me carregasse nos seus braços e mimasse verdadeiramente o ser que eu sou…queria…
E foi nessa busca de mim que fiz novos amigos e reencontrei amigos. Amigos que me ampararam gentilmente nessa viagem e trouxeram de novo as borboletas para a minha vida.
Não sei onde me leva o meu caminho, mas sei que ninguém está verdadeiramente só quando tem amigos. E no entanto, é assim que me sinto…sozinha…

domingo, 29 de junho de 2008

Perdida no mundo das traduções…


Pois é…estou cheia de trabalho, no escritório e em casa, pelo que não posso dar a devida atenção ao meu “bebé”.

Embora as traduções que tenho em mãos não contenham nenhum vocabulário deste tipo, aqui fica uma pequena amostra de porque adoro o universo das palavras...digam lá se não vos fazem sentir logo mais aconchegadinhos (entre outras coisas…;-):

miminho, cafuné, festinha, cócegas, massagem, carícia, afago, abraço, toque, olhar, sensação, calor, quente, ardente, beijo, molhado, sexo, desejo, prazer, suspiro, arrepio, sorriso, amizade, ternura, carinho, saudade, conforto, consolo, colo, criança, entrega, sedução, conquista, paixão, sussurro, murmúrio, etc…

Escolham uma destas palavras e vivam o vosso dia em torno dessa palavra...mas atenção, não desejem mais do que aquilo que conseguem realizar (este comentário é essencialmente para os meninos, lol)

Fiquem bem e até ao meu próximo post…

PS: com que palavra se identificam mais? Podem sugerir novas palavras, estou curiosa por ver o resultado...

quarta-feira, 25 de junho de 2008

3 amigas vão ver o Sexo e a Cidade, só faltou uma que está a gozar férias merecidas…


Terça-feira, dia 24 de Junho, 18h05, sala de cinema vazia…exceptuando 3 alminhas que, num grito do Ipiranga, mandaram os maridos e mãe ir buscar os filhos…Viva a liberdade! (bem, liberdade seria jantar despreocupadamente depois do filme e não ter hora para regressar a casa…mas enfim, pequenas conquistas fazem grandes vitórias!)
Todas diferentes, todas iguais, como as personagens da série: pacote médio de pipocas salgadas para mim (que, ocasionalmente, também enjoo as coisas doces da vida, :-)), pacote grande de pipocas doces para a Sandra S. (que, diz ela, até estava um pouco enjoada antes de iniciar e quase vencer essa luta de gigantes Mulher/Pipoca) e batatas fritas “condimentadas” para a Beta (2 pacotes, não fosse ficar insaciada com um só pacote… e um bolo…já que a hora de jantar seria passada na sala de cinema e receava poder sentir alguma fome, lol). Mas não se deixem enganar por este apetite voraz da Beta, é a mais magrinha do grupo!
Com conversa e comentários à mistura, lá fomos vendo o filme, e senti, como sempre, que sou uma mulher abençoada, já que, como as personagens, privo diariamente com as minhas melhores amigas, trocando com elas risos, lágrimas e confidências. Foi também no colo delas que já encontrei consolo para os pequenos e grandes desgostos da minha vida. A minha homenagem a elas e aos meus outros amigos que não tenho a felicidade de ver diariamente.
Melhor momento do filme por mim eleito: o “No” que a Charlotte diz ao Big, quando ele tenta segurar a Carrie. Foi um momento de amizade arrepiante….aliás, o tema que a série melhor celebra para mim é o tema da amizade …e claro, adoro as intervenções escritas da Carrie e a sua busca do amor.
Também gostei muito deste aforismo da Carrie para a sua assistente pessoal: “Enjoy yourself. That's what your 20s are for. Your 30s are to learn the lessons; your 40s are to pay for the drinks.”
Pelos vistos, estou na idade em que já devia ter mais juízo e devia começar a poupar para as bebidas...não há dúvida de que os 20 são bem mais divertidos!
O certo é que todas nós deveríamos ter em nós a irreverência e sex appeal da Samantha, a ingenuidade e romantismo da Charlotte, a independência e racionalidade da Miranda e a introspecção e persistência da Carrie…
E não temos???? Pois, claro!
Um brinde a todas nós, à mulher em geral e ao “uso” que nós damos aos homens ;-)

segunda-feira, 23 de junho de 2008

Relações humanas, agora vistas por mim


O meu primeiro post foi um pouco cobarde, confesso. É mais fácil citar outras fontes do que pormos a nu os nossos próprios pensamentos. Mas todos vocês que me conhecem, sabem que eu sou assim: tímida, púdica e contida na primeira abordagem. Sejam pacientes e prometo-vos comentários apaixonados sobre qualquer tema que venha a abordar…
Voltando às relações humanas, sendo uma pessoa sonhadora e romântica, tenho alguma dificuldade em identificar-me com a primeira citação, embora concorde que é a mais sábia e a mais saudável…Mas eu, perdoem o egocentrismo da frase, preciso de tudo numa relação, seja ela de amor ou de amizade, preciso de dar e receber o sol, a lua e as estrelinhas todas contadinhas…sem deixar nenhuma para trás...preciso de acarinhar e ser acarinhada, de contacto físico, de abraços, de uma simples troca de olhares que diz tudo, de adivinhar e que adivinhem as minhas necessidades, de antecipação e daquele toque de magia que só um ser humano pode trazer na vida de outro ser humano…
Mas sei que as pessoas têm necessidades e aspirações diferentes, pelo que tenho alguns amigos a quem dou um abraço apertado e digo sem pudor “adoro-te” e tenho outros com quem não sou tão efusiva, pois olhariam de soslaio qualquer atitude que considerassem mais lamechas. A questão é, convidados bloguistas…tendo nós personalidades e necessidades tão diferentes, onde encontramos o equilíbrio para sermos felizes? Como pode uma pessoa romântica e apaixonada encontrar harmonia ao lado de outra pessoa com necessidades exactamente opostas?
Amando as palavras, como viver com o silêncio?
Viver não é fácil, é um desafio, mas conviver…ó tarefa árdua!

domingo, 22 de junho de 2008

Citações sobre relações humanas



A minha opinião é que nós temos de nos emprestar aos outros, mas apenas nos darmos a nós mesmos
Autor: Montaigne , Michel de

Nós, para os outros, apenas criamos pontos de partida
Autor: Beauvoir , Simone de

O homem é um animal sociável que detesta os seus semelhantes
Autor: Delacroix , Eugène

Feliz daquele que desfruta agradavelmente da sociedade! Mais feliz é quem não faz caso dela e a evita!
Autor: Voltaire

O mais sólido e mais duradouro traço de união entre os seres é a barreira
Autor: Reverdy , Pierre

A familiaridade tira o disfarce e descobre os defeitos
Autor: Maricá , Marquês

Fazemos ordinariamente mais festa às pessoas que tememos do que àquelas a quem amamos
Autor: Maricá , Marquês

Relações: pessoas com quem nós contamos ou que contam connosco, consoante sejam ricas ou pobres
Autor: Bierce , Ambrose

A melhor filosofia, relativamente à sociedade, é a de aliar, a seu respeito, o sarcasmo da satisfação à indulgência do desprezo
Autor: Chamfort , Sébastien-Roch