quarta-feira, 18 de novembro de 2009

É só vantagens...



Ter seguido línguas não foi uma escolha muito inteligente já que passo a vida a dizer que nasci para andar de limusine e ser dondoca (:-D). Mas pelo menos, livrar-me-ei de fazer estas figurinhas! A menos, obviamente, que a pequena decida aprender chinês ou algo que o valha...

Post dedicado à Sandra e às frustrações de todos os que seguiram humanísticas em geral. Afinal, é só vantagens! ;-)

13 comentários:

Sofisga disse...

Pois eu tenho as minhas dúvidas que eles não soubessem a letra, aqueles sorrisos marotos... Quanto às frustrações de que quem seguiu humanidades em geral, congratulo-me por não fazer parte desse universo. Claro, talvez preferisse estar neste momento numa cabina do parlamento europeu ou coisa que o valha mas depois também talvez não me sobrasse tanto tempo para comentar blogs;)

Sylvie disse...

Sofia, sabes que adoro o que faço, mas não é propriamente uma área onde os cifrões caiam sem esforço ou aos magotes, como acontece com engenharias e afins. Mas pelo menos, tenho a sorte de trabalhar na área que escolhi e pela qual sinto grande paixão, o que não acontece com muita gente de humanidades.
By the way people, a dedicatória à Sandra não tem a ver com a letra da música, mas sim com as constantes reinvidicações salariais da minha amiga. Esta vossa amiga ainda joga com o baralho todo, tá?
Mais vale ir já avisando, se até a ela tive de explicar a mensagem do post...DAAAHHH?!!!

Sylvie disse...

"reivindicações" e não "reinvidicações", sorry.

Sandra disse...

Pronto, eu admito...eu pensei mesmo que era a música que me era dedicada. *blush*
Que a Sylvie finalmente cedia às minhas propostas indecentes... Enganei-me. :-P

Quanto à minha costela reivindicativa, sim, é verdade. Mas, respondendo à Sofia, eu também gosto do que faço e se voltasse atrás no tempo, voltava a estudar línguas e literaturas. Dito isto, concordo a 100% com o que a Sylvie disse e acrescento ainda que detesto a forma como o comum dos mortais olha para nós, tradutores. Ou seja, o respeito pela nossa profissão não é lá muito e depois qualquer um que saiba uns pózinhos de uma língua já pensa que é tradutor. Irrita-me solenemente esta lógica. E vou parar porque podia escrever rios de tinta sobre este assunto.

Um beijo,
Sandra S.

myguiltyself disse...

Dizia um amigo meu que, num inquérito realizado na Holanda, 70% das mulheres dizia gostar de sexo anal e eu perguntei-me se todas as
inquiridas já teriam sequer experimentado para saber se gostavam ou não. Depois de ver esta família holandesa, abanando as cabecitas ao som de "I wanna f*ck you in the ass", já tenho a minha resposta. Este país está muito à frente!

Sylvie disse...

Fred, não querendo novamente ser mal interpretada, também me lembrei de ti quando coloquei este post.
Agora, já sei porque não queres voltar, hehe

myguiltyself disse...

Claro que te lembraste de mim! Eu também estudei línguas, sou tradutor e ganho mal! Lá o resto...

Sofisga disse...

Ai meninas não me estava a referir a vocês, muito menos a ti Sylvie (sei que adoras o que fazes, afinal conheço-te vai para 20 anos, iaiks!! obrigaste-me a dizer isto!!). Por acaso vieram-me ao pensamento colegas que como nós seguiram humanidades e contam-se pelos dedos de uma mão as que acabaram a trabalhar nesta área. Claro que não se enriquece a fazer o que nós fazemos mas essa parece não ser a opinião de muita gente. Já tenho os ouvidos cheios da célebre frase "A trabalhar tanto, deves tar rica!" Aposto que vocês também já a ouviram...

YellowMcGregor disse...

Humanísticas ou Humanidades? Qual a diferença?
O certo é que eu fugi "dessa coisa" porque era péssimo em línguas estrangeiras, especialmente francês. Ora se eu tivesse seguido essa área estaria tramado, nem para tradutor iria servir :-P
Bem, poderia ser chauffeur de Madames Dondocas. Bastaria saber dizer algumas palavras como... Ferrero Rocher (o nome de Ambrósio é que acho que não me ficaria lá muito bem...)
:-)

YellowMcGregor disse...

A tempo:
Acho que, como em todas as outras profissões, existem bons e maus tradutores. Um bom tradutor é essencial, especialmente na tradução duma obra literária, pois terá que ter alma e saber expressar o que autor pretendia transmitir. O tradutor é o fiel depositário dum “tesouro” que o escritor confia nas suas mãos. Não pode ser qualquer um(a). Onde sinto/reparo mais esta problemática é na tradução das legendas dos filmes. Muitas vezes, os pseudo-tradutores adulteram por completo o significado das frases. Na Cidade dos Anjos isso acontece.

P.S. E os bons devem ser pagos por aquilo que justamente merecem :-)

Sandra disse...

Pronto, Yellow, vou implicar...
"Um bom tradutor é essencial, especialmente na tradução duma obra literária"
ESPECIALMENTE numa obra literária porquê??????
Achas que na nossa área (técnica) não é preciso ser assim tão bom?? Achas que um tradutor jurídico, por exemplo, pode dar-se ao luxo de cometer erros???
Só para ser mesmo implicativa (e fingindo que não ligo nenhuma a literatura), até te digo que é exactamente nessa área que os erros de tradução têm menos consequências.

Ah, e esses (tradutores de "obras literárias") então bem podem viver do subsídio de desemprego, tendo em conta o que as editoras pagam...

*vou dormir, antes de continuar a rabujar mais por aqui*

Sandra S.

Yellow McGregor disse...

Lolololol
Acho que consegui o meu "objectivo" de "sacudir os génios" das "minhas amigas tradutoras" :-P lololol
E a primeira a cair na ratoeira? Quem foi? LoL
Um :-) de "Solidarność" para todos os tradutores porque até uma vírgula mal empregue é a "morte do artista".

P.S. Estou a ver que este post e comentários foram quase todos direccionados à Sandra ;-)

Sylvie disse...

Eu cá, adoro todas as áreas, mas confesso que se a tradução literária fosse mais bem paga, seria a minha área de eleição, dá-me mais liberdade...
Mas João, as competências para tradução técnica e tradução literária são ligeiramente diferentes e NENHUMA é menos importante, até porque um bom tradutor literário não é necessariamente um bom tradutor técnico e vice-versa, e ambos são necessários. E saber línguas não é segurança garantida para um bom trabalho. Tens de ser muito bem articulado na língua de chegada (ainda mais flagrante na tradução literária), algo de que muita gente se esquece...digo isto pela quantidade de testes que já me passaram pelas mãos e pelo trabalho de revisão que já tive de fazer (e que odeio). Mas sim, tens bons e maus tradutores como em qualquer outra profissão, e tens ainda gente "armada" em tradutor só porque tem umas noções de uma língua estrangeira...mesmo com um português macarrónico. Há de tudo, abençoada profissão!