quinta-feira, 28 de maio de 2009

Adrenalina


Como qualquer pessoa, a minha vida lembra-me às vezes uma montanha-russa. Tem momentos altos, momentos assim assim e momentos tão baixos que parece que me enfio na terra e vou por ali abaixo, sem saber onde parar, até ressurgir eventualmente um dia nas Antípodas, com indígenas a olharem para mim com ar curioso e a colocarem a inevitável pergunta: quem é esta tontinha toda suja de terra que fala inglês com sotaque francês???
Mas voltando à montanha-russa... :-)
Os momentos altos são tão maravilhosos que correspondem a autênticas descargas de adrenalina onde tudo é intenso: as sensações, as emoções, etc. Tudo isso seria fantástico, não fosse o que vem a seguir... a ressaca! É que depois de uma descarga de adrenalina, só mesmo outra descarga para nos manter em alta. Mas, e nisto há que aceitar que a adrenalina não é coisa que abunde por aí e a vida é feita de muitos outros momentos que temos de aceitar...quando não sabemos quando virá a próxima descarga de adrenalina, temos de encontrar uma forma de serenar, de viver com a lembrança e a saudade desses momentos e aprender a gostar também dos momentos mais calmos da nossa vida.
Ora, é precisamente isso que tenho andado a fazer e ontem lembrei-me da secular técnica da respiração (antes que perguntem, esclareço desde já que não sou loira, hehe): inspirar, expirar, inspirar, expirar...
E não é que resulta??? (com muita força de vontade e alguma auto-sugestão, claro)

PS: sei que não perceberam nada do que disse, mas deixem lá, nem eu me percebo às vezes :-))

5 comentários:

YellowMcGregor disse...

Como diria o Hermam nos seus "momentos altos", antes desta fase "mais baixa": "A vida é um como interruptor... umas vezes em cima outras em baixo". Mas nem todos têm essa capacidade (ou, por vezes, vontade) de viver a vida com uma amplitude e velocidade típica de uma montanha-russa (nos últimos tempos tenho tido alguma aversão aos russos: bater numa criança daquela forma?!!).
Pois é... depois de dias inebriantes: inspirar, expirar, inspirar, expirar... ;-)

Um SorriSo em looping

Sofisga disse...

Serenar é bom, até porque ninguém aguenta viver numa montanha russa a vida toda, é bom a espaços para nos fazer sentir vivos mas aquela sensação de que a viagem alucinante terminou também é muito boa;)
Aversão aos russos?? Que eu saibda as palmadas são transversais às nacionalidades e quem nunca deu uma que atire a primeira pedra. Então e os russos que moram em Braga e foram os primeiros a condenar o comportamento da sua compatriota e a colocar-se ao lado da família de acolhimento? É óbvio que tb eu fiquei revoltadíssima com todo este caso e o facto de terem devolvido a menina à mãe biológica que sofre obviamente de muitas perturbações mas se fico com aversão a alguém é ao Sr. Dr. Juíz a quem coube essa decisão, uma decisão que vai afectar aquela criança para toda a vida e ainda falam à boca cheia da defesa do superior interesse da criança para julgar estes casos. Tenham mas é vergonha e comecem a agir em conformidade. De facto, a Justiça é mesmo cega às vezes.

Anónimo disse...

Sou suspeita para comentar, mas...
Ainda bem que a vida é uma montanha-russa, Sylvie. Imagina só se fosse um daqueles comboios monótonos que existem por aí, em que vais sentadinha, calma e sossegada, a apreciar a vista?? Queres pior do que passar pela vida assim? O mais importante, para mim, é quando estás no topo da montanha (IUUUPPPIII) e começas a descer vertiginosamente (YEEESSSSSS), agarrares-te bem ao banco e não te esqueceres que vais voltar a subir... ;)

Beijos,
Sandra S.

ps. quanto às técnicas de respiração, não há nada melhor do que uma epidural...

YellowMcGregor disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
YellowMcGregor disse...

“Mea culpa”. Era minha intenção ter colocado aspas na palavra “russos” pois aquilo que eu queria era referir o que aquela “mãe” personificava… transversal a qualquer nacionalidade/credo/raça/etc. Todavia, posso me dar ao luxo de ter tido um pai que podia atirar a primeira pedra e eu, passados oito anos e até à presente data, também o poderei fazer … embora não o faça pois não “julgo” quem dê uma “palmadinha” mas sim verdadeiras “Palmadas”. Agora a “injustiça” está na própria Justiça (e nos “pseudo” legisladores: do que conheço, é gritante a falta de rigor na elaboração das leis) pois os juízes, por regra, limitam-se a cumprir a legislação em vigor “dura lex sed lex”. Haja coragem e que venha também um “25 de Abril” para a justiça.

“post scriptum” – Sabe sempre bem trocar pontos de vista ao estilo das antigas tertúlias. Parabéns à Sylvie (e seus leitores) pelos teus “post” que assim o permitem. E que tal uma nova “etiqueta”/tema: Tertúlias ;-)